11.19.2012

Sobre lições aprendidas...

Não haverá choro, nem vela, nem fita amarela.
Nenhuma lembrança, nenhuma canção que fale dela.
Nada foi em vão. 

Todos passarão!
E eu, vou-me embora pra Pasárgada.
Lá sou amiga colorida do Rei!
Lá terei tudo que preciso,
na cama que escolherei!

10.28.2012

A falta


Essa falta não tem nome nem forma que se conheça
Toma os sentidos, atravessa meu umbigo.
Entra e sai pelos sete buracos na minha cabeça.
E antes que eu me esqueça, ta gravada com tinta permanente, no lado de dentro pra que não pereça.
Essa presença entre o estômago e o coração.
Me tira o ar do pulmão, me carrega como num balão.
Se miro do alto pro chão, tudo é pequeno e sem razão.
Olho documentos do meu não esquecimento.
Como se o tempo fosse feito de cimento.
Como se tudo fosse só esse sentimento.
E o resto do mundo, um grande vão.

2.17.2012

Já Deu minha hora

Cansei de fazer hora 
esperando trem que não vem.
Farta do tempo que te falta
E do que nunca te convém.
Nunca é dia, nunca é hora. 
Hoje é, amanhã não tem.
Quero já, quero agora!
Hoje tem, amanhã também.
É assim ou caio fora
nem olho pra trás.
Já passa da minha hora.
Já não aguento mais.

4.07.2011

I’m so full of S#!%!

Achei que karma era como uma promoção “Peque agora e pague daqui a 3 vidas”. Ledo engano. Venho cometendo o pecado da hipocrisia, repetida e voluntariamente, desde que me entendo por gente. Esse karma eu pago à vista nesse purgatório paralelo.


A hipocrisia [do Latin hyposrisis e Grego hypokrisis que significam ação de desempenhar um papel] é o ato de fingir que se tenha qualidades, ideias ou sentimentos que na realidade não se possui.

Eu que tanto neguei meus sentimentos, a mim mesma e aos outros, escondida sob a máscara de nobreza e racionalidade, fui buscar amores impossíveis, extraterrenos. E como Midas, transformei tudo na frieza da razão. Ah, se minha sensatez me permitisse uma ilusãozinha sequer!

Agora vejo minhas vãs filosofias, teorias e ironias refletidas no espelho. Agora sou o oposto do que eu disse antes. Nem o sarcasmo e o cinismo, meus grandes amigos, disfarçam o que eu finjo não ser: humana. Ninguém me disse que doía perder os superpoderes.

Mas se assim é, que assim seja. Vou colorir meu sorriso de amarelo e seguir.

Sou grata pelo evento que causou essa reflexão. É dor de crescimento. Vou pra frente porque eu sou hipócrita, mas também valente, e não tenho nem tempo nem talento pra lamentação.

Hidden

I've got nothing to hide but my tears when I cry.

9.07.2010

Invejosa

Invejo, confesso.
Mas incontrita não peço perdão.
Invejo aquilo que não me foi dado
por influência arbitrária do Acaso, maldito ladrão.
Inveja não mata, engorda o coração.
É virtude equivocada, uma forma de apreciação.
Não hei de ser reprovada
Nem lavada com oração.
Sua hipocrisia me declara culpada,
Mas levo comigo meu algoz e também o delator.
Um, pela mão que me ataca, e o outro, pelo dedo indicador.
Levo também o objeto da minha inveja,
Que pela vaidade escancarada,
É o primeiro pecador.

9.06.2010

Morto e enterrado.

Nada como sufocar uma frustração beeem sufocadinha...

E\ s /quar /te \já -la,

Enterrá-la
em cim
ento
fres
co
.
.
.

E deixar que seu eu duma próxima vida lide com isso.

2.17.2010

Mais Sobre a Mesma

Sou o que você iα dizer
O que te fez esquecer

A quinα dα mesα
A luz αcesα

A vistα do vidente
Aquilo que ele vê

Sou α dor no pescoço
O que você tem no bolso...

Sou α entrαdα do circo
A pipocα do cinemα
O motivo porque gemeu α emα

Umα entre αs três
Sou o fim do mês

Sou α sαlivα grossα na secα dα roçα
A chuvα que choveu e virou poçα

Sou de plástico
Sou de αço
Sou umα tirα de elástico

Sou culpαdα,
Imperdoável

Tão necessáriα quαnto descαrtável.

2.07.2010


De repente era dia

a sua noite infinita


De repente era arte

a garatuja insípida


De repente era sensata

a loucura da vida


De repente era reta e exata

a insensatez admitida


De repente. Diferente.